Gráfico de Burndown no Front de Batalha Scrum: Um Mapa para o Sucesso

Sou um verdadeiro fã do desenvolvimento ágil e do Scrum, uma ferramenta que sempre considerei crucial para o sucesso das minhas equipes é o gráfico de burndown. Ao longo dos anos, tenho usado essa ferramenta para dar mais visibilidade ao andamento das Sprints, permitindo uma melhor compreensão do progresso e aprimorando a tomada de decisão estratégica, sempre no contexto do time.

Minha Jornada com o Gráfico de Burndown

Desde o início da minha trajetória na gestão de projetos, introduzi o uso do gráfico de burndown em minhas equipes. Meu objetivo sempre foi claro: dar às equipes uma representação visual do seu progresso durante a Sprint. No entanto, não foi uma transição sem desafios. No início, algumas equipes viam a ferramenta como uma forma de microgestão, questionando a necessidade de acompanhamento tão detalhado. Mas, com o tempo, os benefícios começaram a se tornar evidentes.

Revolucionando a Visibilidade e Decisões Estratégicas

O gráfico de burndown se revelou mais do que uma simples ferramenta de monitoramento. Ele se tornou um mapa para a linha de frente das nossas operações. Com ele, pudemos visualizar instantaneamente se estávamos no caminho certo ou enfrentando desvios. Essa visibilidade permitiu que nossa equipe tomasse decisões informadas e ágeis, reavaliando os esforços para garantir que o objetivo da Sprint fosse alcançado.

Uma planilha preenchida durante o andamento de uma sprint

A Mudança de Perspectiva

À medida que a equipe se familiarizava com o gráfico de burndown e experimentava seus benefícios, a percepção de microgestão deu lugar a uma compreensão mais profunda. O gráfico se tornou uma ferramenta de empoderamento, permitindo que cada membro do time acompanhasse seu próprio progresso.

A possibilidade de comparar o resultado das tarefas estimadas com os valores realizados, bem como compará-las com Sprints anteriores em cerimônias, aumentavam a segurança de estimativas mais acertivas.

Visão dos pontos por pessoa por dia

A colaboração foi ampliada, ao permitir que o time previsse qual das atividades da sprint estavam ameaçadas, e qual seria o plano para recuperá-la. Isso é importante em equipes que focam nas próprias entregas, e não na colaboração para a entrega das metas comprometidas. Tive inúmeras situações de pessoas pararem seus trabalhos para ajudar outros do time que estavam com suas tarefas ameaçadas por algum impedimento.

Além disso, a visibilidade das metas em risco, que poderiam ser repriorizadas ou renegociadas com os clientes, resultou em menos surpresas ao final da Sprint, estabelecendo um nível significativamente mais alto de confiança entre a equipe e o cliente.

Essas mudanças de perspectiva foi uma das transformações mais gratificantes que testemunhei.

Planilhas Eletrônicas como Aliadas

Para mim, a melhor maneira de utilizar o gráfico de burndown foi através de planilhas eletrônicas. Isso nos permitia realizar simulações, ajustar o andamento, o tamanho e a priorização das tarefas de forma ágil. A flexibilidade oferecida pela planilha eletrônica se alinhava perfeitamente ao espírito do Scrum, onde a adaptabilidade é fundamental.

Lead Time gerado em tempo real com o andamento da Sprint

Os dados sempre eram atualizados nas ferramentas de gestão como Jira, Azure, Trello, com o fim de gerarmos métricas mais próximas do Resultado esperado pelas equipes de gestão. Mas as planilhas permitiam ajustes muito mais ágeis, simulações, controle de capacity, entre outras informações necessárias na hora da tomada de decisão para atingir a meta da Sprint.

A Jornada Rumo à Melhoria Contínua

Em nossas reuniões de Retrospectiva, o gráfico final da Sprint era a estrela do show. Ao analisá-lo, traçávamos ações e comparávamos com gráficos de sprints anteriores. Isso nos permitia identificar o que foi diferente, celebrar as conquistas e encontrar oportunidades de melhoria contínua. Essas sessões de reflexão e experimentação elevaram a eficiência da produtividade da equipe.

KPIs gerados por Sprint

Minha jornada com o gráfico de burndown demonstrou que essa ferramenta não é apenas uma maneira de monitorar o progresso. É um mapa valioso para a linha de frente, capacitando a equipe a tomar decisões ágeis e informadas. Com o tempo, as equipes que inicialmente enxergaram microgestão passaram a reconhecer os benefícios substanciais que a ferramenta proporcionava. Hoje, o gráfico de burndown é uma peça essencial do nosso arsenal Scrum, permitindo-nos enfrentar os desafios de frente, celebrar os sucessos e abraçar a melhoria contínua de maneira tangível e mensurável.

Modelo de Planilha de Burndown

Deixo um modelo simples que sempre me baseei em novos projetos, e que pode ser reutilizado e distribuído livremente.

https://docs.google.com/spreadsheets/d/1PbCKaJXik1juqe_q2WVv8-VDtcDw9KLzarVc9g8BQho/edit?usp=sharing

2 comments to “Gráfico de Burndown no Front de Batalha Scrum: Um Mapa para o Sucesso”
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